Ao
iniciarmos uma caminhada catequética é necessário ter um momento para maior
entrosamento entre os catequistas da comunidade. Para isso, é importante uma
tarde de encontro, a fim de partilhar ideias e experiências de trabalho.
COMO
FAZER UM ENCONTRO COM OS CATEQUIZANDOS:
- ao
prepararmos o encontro de catequese, devemos nos preocupar com o catequizando:
sua vida, suas expectativas...
Quanto
ao local do encontro:
- deverá estar em ordem. Limpo
e agradável. Convidar os catequizandos para ajudar na arrumação;
- colocar cartazes ou figuras
sobre o tema. Enfeitando o ambiente, para despertar o interesse no assunto. Por
exemplo, se o tema for "Maria", colocar uma imagem, figuras, cartazes
que falem de Nossa Senhora, foto de mulheres... usar símbolos em cada encontro.
- a bíblia deve ocupar um
lugar de destaque, dentro do grupo. Usar flores, toalha e vela, sempre que
possível. Tudo isso ajuda a despertar o amor e o respeito pela palavra de Deus;
- os participantes deverão
sentar-se em círculo, para que todos possam ver a todos.
Quanto
ao acolhimento:
- para acolher bem os
catequizandos, você deverá chegar um tempo antes do horário do início do
encontro para receber a todos com igual atenção, sem demonstrar preferências;
- todo catequizando traz para
a catequese experiências de vida sempre diferentes. É preciso dialogar com eles
sobre suas vidas, perguntado o que fez durante a semana, como estão se
sentindo, o que desejam receber na catequese. Não deve ser um relatório, mas
uma conversa espontânea, com muita simplicidade;
- o ponto de vista do
catequizando deve ser respeitado, e a sua opinião ouvida com muita atenção;
- ser objetivos a fazer perguntas
e não esperar respostas automáticas. Dar tempo para que pensem e discutam;
- dizer sempre a verdade. Se o
catequista não souber responder uma pergunta, devera se comprometer em levar a
resposta no encontro seguinte;
- não chamar a atenção do
catequizando na frente de outras pessoas, mas a sós, depois do encontro;
- se ele tiver algum problema,
o catequista deverá procurar ser amigo dele para ajudá-lo a superar as suas
dificuldades;
- nesses momentos de diálogo,
é a oportunidade de envolver os mais tímidos e fechados através da atenção e do
interesse por suas vidas. Mas, cuidado para não dar a estes um tratamento
visivelmente especial;
- Criar dinâmicas de
acolhimento.
Quanto
à linguagem:
- a linguagem deverá ser
clara, coerente e simples;
- nunca falar em tom infantil,
mas naturalmente, com firmeza e simplicidade;
- Procurar usar o mesmo
vocabulário, usado na realidade dos catequizandos, para que eles possam
compreender melhor a mensagem;
- atenção com algumas palavras
que costumamos usar. Catequese não são curso, nem escola. Em vez de
"aula", falar de "encontro". Não fazer "provas"
nem dar "notas", nem "prêmios e castigos". Que o
relacionamento não seja de "professor" e "aluno".
- essas coisas existem na
escola, mas não na catequese, que é o encontro da pessoa com Jesus Cristo e com
a comunidade.
Quanto
à organização:
- anotar os dados principais
do catequizando: idade, endereço, escolaridade, etc.;
- anotar também a frequência
nos encontros.
- fazer uma ficha de
participação para que o catequistas possa acompanhar o catequizando.
Quanto
à missão dos catequistas:
- a missão da catequese é
juntar fé à vida, na comunidade. Para conseguir isso, a catequese deve sempre
se lembrar da maneira como Deus se revelou a seu povo.
- a catequese não repete o
passado, mas vê os acontecimentos e as situações que vivemos hoje, a luz da
palavra de Deus, para continuar a mesma caminhada do povo de Deus, nas nossas
comunidades.
Quanto
ao grupo de catequistas:
- é aconselhável que os
catequistas atuem em grupos, nunca isolados, a exemplo de Jesus que enviou seus
discípulos "dois a dois"
- o grupo ajuda o catequista a
vencer o medo e as inseguranças, quando bem organizado e assumido.
- é no grupo que acontece a
formação, por meio: dos debates, da partilha dos problemas e da busca de
solução e das alegrias das atividades da catequese.
- o grupo é a fonte de vida,
de esperança, de animação, de diálogo, de fraternidade e de alegria. Nele o
catequista se sente fortalecido em sua missão.
- os grupos não são feitos só
para resolver problemas. Eles acontecem para que o catequista viva uma forte
experiência cristã na reflexão e no bem comum, no estudo, na elaboração do
planejamento e nas avaliações das atividades realizadas, para depois catequizar
e liderar essa vivência comunitária, com mais segurança.
- é muito importante o grupo
estude os temas, procurando também a ajuda da assessoria da paróquia, do setor
ou da diocese.
- O grupo faz com que a
catequese inicial desperte e se encaminhe para uma catequese mais consciente e
transformadora.
- o catequista percebe que,
enquanto evangeliza, com o grupo, ETA crescendo em sua fé.
- a experiência de Jesus nos
ajudara em nossa missão: Jesus forma seu grupo: MC 3,13-19; o grupo parte para
a missão: Mt10, 1-8; o grupo rever o trabalho: Mc 6,31; e depois da morte e
ressurreição de Jesus o grupo difunde a mensagem: At 2,37-41; 8,4-8; 11,19-21.
Quanto
à avaliação:
- é importante que avaliação
da caminhada da catequese seja feita no grupo de catequistas da comunidade.
- Avaliar o próprio trabalho
não é defender ou acusar o trabalho nosso ou dos outros. Devemos ter a coragem
de nos questionar, para crescer.
- começar avaliando o
catequizando, com as questões:
- Os encontros catequéticos
estão mexendo com a vida dos catequizandos?
- O catequista está
assimilando a realidade em que vivem os catequizandos?
- Qual a convivência entre o
catequista e os catequizandos?
- Os catequizandos têm alegria
e disponibilidade em participar da catequese?
- Há preocupação exagerada ou
despreocupação total com a disciplina? Se houver motivação, não haverá tempo
para dispersão ou cansaço.
- Como estão sendo usadas as
dinâmicas de grupo para tornar a catequese mais agradável?
- De que maneira os cantos tem
contribuído para o sucesso do encontro?
- Qual é a participação e a
colaboração dos pais dos catequizandos na catequese?
RECURSOS
AUDIVISUAIS NA CATEQUESE
Na se
trata de usar instrumentos caros e complicados: basta ter a criatividade e usar
o que tiver à mão. E preciso lembrar, também, que na adianta ter recursos
maravilhosos para apresentar a mensagem, se não houver testemunho de vida do
catequista.
Esse
testemunho é o melhor "audiovisual" para o catequizando. Além disso,
o material didático não substitui a palavra de Deus. Ele deve ser aproveitado
para melhora apresentar a idéia central do encontro.
Em
nossa sociedade, o ser humano acostumou-se a receber mensagens, através de som,
imagem e cor (rádio, TV, jornais, revistas, cartazes, cinema...). Na escola, as
crianças também usam audiovisuais (lousa, cartazes, slides, mapas etc.). o
comércio usa os meios de comunicação para vender mais.
A
catequese não pode ficar parada; deve entrar na vida do catequizando, usando alguns
recursos audiovisuais.
Desde
cartazes feitos pelo grupo, materiais feitos com sucatas, até projetores de
slide e DVD, são importantes para prender a atenção do catequizando.
VEJAMOS
ALGUNS MATERIAIS
O
quadro negro ou quadro mural
- Indispensável para fixar as
ideias principais ou fazer desenhos que ajudem no entendimento.
- O catequista deve cuidar de
sua caligrafia, para que todos entendam com clareza o que for escrito.
- Sempre que possível, usar
várias cores de giz ou canetas, para tornar o escrito mais atraente.
Papelógrafo - É
como um "cadernão", feito com varias folhas de papel pardo ou branco
presas por um lado e pendurado na parede ou em um cavalete. Escreve-se nele com
pincel atômico. É interessante quando se quer voltar a algo escrito antes; a
lousa é apagada, e as folhas do papelógrafo, apenas dobradas para trás.
Flanelógrafo - Uma
tábua larga de madeira mole ou um pedaço de papelão grosso pode ser recoberto
com feltro. As figuras, recortadas, podem ser presas no feltro, se colocarmos
atrás delas um pedaço de lixa ou de Bombril. Podem ser presas também com
alfinetes.
Cartaz de pregas - Um
cartaz com várias pregas fundas de papel. A parte inferior da figura é colocada
dentro da prega, para fixar.
Recortes -
Deixar preparados recorte de jornais e revistas e pregá-los na parede, em
cartazes, no Flanelógrafo ou no cartaz de pregas.
Cartazes -
Numa cartolina ou papelão, escrever a mensagem com letras grandes e uniformes,
usando recorte e desenhos. É um recurso " disfarçado" de enfeite.
Jogos -
Criar jogos como dominó, loteria, baralho, usando temas catequéticos e para o
lazer, os jogos esportivos.
Discos -
Podem ser usados para ensinar cantos ou para acompanhar momentos de oração. Há
também discos com histórias bíblicas.
DVD e slides - É
necessário um projetor de slides e televisor com DVD. Servem para, juntando
texto e imagens, transmitir um conteúdo. As imagens fazem com que o slide ou o
DVD se torne mais atraente do que uma simples palestra. Depois da demonstração
dos slides ou das fitas cassetes provocar um pequeno debate para perceber até
onde chegou a mensagem. Ver os pontos negativos e negativos dessas projeções.
Retroprojetor/Datashow - Com
figuras, escritos e desenhos nas transparências, ajudará o catequizando a
refletir a mensagem colocando grande parte do seu "ser". Assim como,
figuras avulsas poderão ter o mesmo efeito. Chamaremos isto de foto linguagem.
Modelagem -
Principalmente com os pequeninos para que eles desenvolvam a sua criatividade,
formando figuras com argila ou massa de modelar.
Desenhos
- Incentivar o desenho para
que o catequizando possa expressar o que entendeu de um determinado tema.
- Com crianças, é um
importante meio para avaliar a realidade em que vivem principalmente quando
desenha a família, sua casa, a escola...
Canto - É
um meio excelente de comunicação e de expressão, não podendo faltar na
catequese. Torna as pessoas mais abertas e alegres, ajudando a animação. Os
cantos devem estar relacionados com o tema do encontro, para despertar o
interesse. Ajudam a memorizar as mensagens do encontro.
Dramatização - É
excelente recurso para demonstrar o que entenderam e para dinamizar os
encontros, desenvolvendo a criatividade do grupo.
Expressão corporal -
Cantos com gestos, mímicas, brincadeiras de acordo com a faixa etária.
Pesquisas e entrevistas -
Fazer "reportagens" com personagens bíblicos, pessoas da comunidade,
familiares e outros, para melhor pesquisar o tema em estudo.
Fantoches
- Não há necessidade de
cenários.
- As crianças têm poder de
imaginação para ver o fantoche separadamente do catequista.
- O fantoche pode ser
utilizado para acolhida, para contar histórias, para chamar a atenção de
alguém, e para conversar com o grupo.
- Trocar os cartazes a cada
encontro, para que os catequizandos não percam o interesse neles.
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Jonathan Cruz